terça-feira, 9 de agosto de 2011

CARPE DIEM

Estava com saudade deste espaço.

Julho/2011: girei por aí, falei com pessoas, ouvi histórias, revi o passado, revirei baú entre fantasmas e visagens. Voltei!

Na partida de Roma pela Air Italy nosso avião abortou a decolagem. Já estava com algumas centenas de Km/h quando começou a frear bruscamente. Sensação... escrota! Não tem outra classificação. Voltamos para a estação. Pizza & refrigerante foi o lanche oferecido para a espera de 4 horas que nos fez perder a conexão TAM Fortaleza / Belém e nos custou algumas centenas de R$ para remarcar os bilhetes para o próximo vôo.

Na volta, sempre com Air Italy, um atraso de 10 horas. Das 18:30 transferiram para 04:30 do dia seguinte. Lanche do Burger King oferto pela companhia e mais nada! Todo o resto pagamos nós. Depois dessa pequena espera, com apenas 1 hora de vôo e sem dormir absolutamente nada, na escala em Natal fizeram descer todos os passageiros, pois era fim da linha e o avião seria organizado para o vôo internacional que ali teria início. Ou seja, pegamos o bonde andando. Martinha, exausta, deixou no avião a sacola com bijuterias e cosméticos que acabara de comprar no Duty Free de Fortaleza, meus livros e os gibis dos nossos filhotes. Na volta, lugar mais limpo! Procura, chafurda, nada! Reclama daqui, dali, enfim, uma sugestão do pessoal de bordo: Lost & Found de Roma. Ok... lá chegando, outra sugestão: enviar um e-mail para o "customer care" da companhia, pois a sacola provavelmente teria ficado em Natal. Tínhamos um seguro oferecido pela Air Italy que, soubemos depois, não cobria bagagem de mão. Ma va... quem mandou não ler o imenso contrato? Sem muita esperança, escrevi e enviei o e-mail para a matriz italiana. Responderam! Prometeram procurar a sacola. Passados poucos dias, chegou outro e-mail: acharam a sacola! WOW! Estava em Natal. Prometeram entregar em casa. Passaram poucos dias, entregaram a sacola na porta da nossa casa! WOW2! Eh, va bene... faltava meu marcador de página, em metal, que minha irmã Martha trouxe de Dubai e me deu de presente... e também um tal "gloss" da minha filha. O resto estava lá! Inclusive revistas e livros brasileiros que eu não tinha lido ainda. Destes, quero comentar alguns.

Primeiro, uma revista (110 páginas) chamada PZZ (N° 11, Ano IV) que parece significar Pará Zero Zero, que não consegui (ainda) descobrir o que significa. Saborosa letra por letra, linha por linha! Traz a história do italiano Padre Jesuíta Giovanni Gallo e o Museu do Marajó. A revista tem como colaborador o filho do meu amigo Carlos Silva que foi quem me deu de presente o referido exemplar. Obrigado, meu caro! Tem mais? Quero assinar! Chega na porta da minha casa em Roma pela Air Italy?


Segundo, um pequeno livro de 30 páginas, mas que relata vidas e fatos maravilhosos: A presença franciscana em Óbidos, de Chaguita Pantoja.


Acho curioso apenas a quantidade de erros de impressão em algumas publicações brasileiras. Não existe mais revisor? Quando eu era aprendiz de feiticeiro, na tipografia dos franciscanos, tudo era revisado infinitas vezes. Detalhes...

Devorados ambos e iniciados outros, retornei para minha rotina que, aliás, nunca me pareceu tão bela, mesmo tendo que ir de vez em quando ao hospital, pois ainda me recupero da última cirurgia. Por falar nela, que saco ter que explicar toda vez minha atual aparência de faquir. Levei duas pauladas em dois anos, pô! Mas ainda estou aqui até o dia em que o "Capo" carimbar o visto no passaporte para o além (espero que demore)! E se quem pergunta não contribui com um centavo para meus remédios e médicos, com raras exceções, não terá de mim nenhuma resposta. Pode pensar e espalhar o que quiser, não me interessa. Quer o meu bem? Basta incluir a mim e minha família em orações. Grazie! Quer o mal? Diversas opções. Sem problemas. Eu chuto todas!

Pesquei bastante no Brasil e, chegando na Itália, lembrei que perto da nossa casa tem um lago. Lá fomos nós neste último final de semana e qual não foi minha surpresa quando descobri que é permitido pescar e tem inclusive uma lojinha com todos os apetrechos para pesca. Caramba! A vara é de metal, com punho emborrachado e bandeira italiana, recolhe como uma antena e é absolutamente flexivel e linda! Os vermes para isca são criados em cativeiro e vendidos vivos! Putz! Não precisa cavar e catar minhoca?! A Dalila gostou e o Neto detestou! Ele quer pescar, mas não tem coragem de espetar o ser vivo no anzol. Comprei tudo já montado: vara, linha, chumbinho, bóia, anzol e iscas. Total: 7 euros (fala sério...). Pesquei uns peixinhos que não sei o nome e devolvi todos para o lago. Vamos voltar lá! Ontem foi tudo meio improvisado, mas valeu o dia! Difícil foi convencer a Marta que os vermes devem ser guardados na geladeira de casa, no saquinho plástico, para que possam viver pelo menos uma semana, tempo para a próxima pescaria. As férias escolares só terminam na primeira metade de Setembro! Até lá, a cada dia o seu... bem.

 Lago di Bracciano: enquanto eles se divertem...

 ...io schiaccio un pisolino (tiro uma soneca)...

 ...ela faz pose...

..."o verme passeia na lua cheia"...

...até ser espetado no anzol...

 ...e proporcionar a foto com o peixe.
Assim foi... assim é.

Um comentário:

  1. Sr. Ferrari Jr.
    Tive o privilégio de vê-los (ao sr. e seu jovem filho), durante a visita que fizeram aos integrantes do Coral Santa Cecília/Matriz de Sant'Ana e apresentação na missa noturna.Acompanhei, via internet, alguns fatos alusivos à participação de seu filho no Coro Sistina. Espero que tenham a oportunidade de retornar outras vezes a este país. Felicidades, paz e saúde. Que o Arquiteto Divino os proteja sempre.

    ResponderExcluir