terça-feira, 24 de maio de 2011

MOSAICORAL


Pronto o “mosaico”. Não estão todos os grupos. As fotos de alguns ficaram no Brasil. Não são da era digital. Pretendo buscar um dia.

Na ordem aleatória gerada pelo computador:

1. Coral da Pastoral do Menor - Paróquia S. Vicente de Paulo – Fortaleza
2. Família em estúdio acompanhando gravação de CD
3. Coral do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará - TJCE
4. Coral Aba Film (família) – Fortaleza
5. Coral do Conselho Regional de Enfermagem – COREN/CE
6. Coral do Instituto de Prevenção do Câncer do Ceará – IPCC
7. Coral S. Vicente de Paulo – meu, com apoio do Colégio da Imaculada Conceição (CIC/CE)
8. Coral do Hospital de Baturité - CE

9. Gravando CD de Coral
10. Grupo S. Pedro (canto) - Paróquia S. Vicente de Paulo – Fortaleza
11. Coral do Lions – Distrito LA-4 (Fortaleza)
12. Coral Infantil do CIC/CE (minha filha, 2ª da E -> D)
13. Coral da Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE
14. Coral da Beneficente Portuguesa - Fortaleza
15. Coral S. Vicente de Paulo – Paróquia S. Vicente de Paulo - Fortaleza


Conforme vou lembrando, vou contando um pouquinho de história.

Em se tratando de visual de Coral tenho um pé medieval, mas acho que não é o momento de tentar explicar. Meu ecletismo sempre foi um problema: vou de AC/DC, Gregoriano e Carimbó dependendo do humor e do que considero harmonia de conjunto. Se a música “fechar a Gestalt”, seja o gênero que for, adoto.

Persegui a perfeição da forma com meus grupos e confesso que sem alicerce, base e suporte, hoje faria diferente.

As fotos estão aí. O som? O que eu consegui registrar - com pouquíssimos recursos financeiros - está no meu Canal (Fstudio) no Youtube e na série de CDs e DVDs PAX VOBIS. Ao vivo, quem ouviu, ouviu e, internamente, vaiou ou aplaudiu. Externamente só ouvi os últimos.

Os motivos pelos quais escrevo estas linhas são diversos. De todos, maus e bons, pinço os que contam para mim:

1. Levo a vida me divertindo e fazendo o que gosto. Trabalho, será?
2. Passo o bastão ao meu filho que, se quiser, continua a corrida.
3. Valeu!
    Finalizo com outra lembrança agradável.

    Grupão reunido e iniciado o ensaio, percebi que uma coralista do naipe Soprano (feminino), bem na minha frente, mastigava alguma coisa. Chiclete, pensei. Eu gosto também, mas não durante ensaio. Atrapalha, pode engasgar, não dá! Todos sabiam que não deviam colocar goma na boca durante uma hora e meia. Com educação, pedi para a moça jogar o chiclete fora. Ela disse que não mastigava chiclete. Curioso, perguntei, então, o que era. Ela respondeu que era... nada. Foi quando alguém do naipe Baixo (masculino), turma jocosamente conhecida como “baixaria”, gritou: Ela está ruminando!

    Com palavras não conseguirei descrever no que se transformou o momento.

    Corais... a todos, obrigado!

    domingo, 15 de maio de 2011

    CORAIS

    Era uma vez... um Coral que regi durante 10 anos e que não vou citar o nome para não comprometer ninguém.

    Na época eu deveria ter 30 e poucos anos. Embora sempre esteticamente deficitário, estava em pleno vigor da idade.

    O referido grupo era composto de distintas, elegantes e discretas senhoras com mais ou menos meio século de existência, porém, muito alegres e afinadas. Coral feminino. Nenhum homem além do Regente.

    Muito requisitado para eventos, eis que um dia o Coral deveria cantar uma Missa. Lá fomos nós para a igreja, sempre com algumas horas de antecedência para instalação e passagem de som, breve ensaio e acertos finais com o Sacerdote.

    Todo Coral sob minha regência tem uma equipe eleita democraticamente entre os coralistas para as diversas funções administrativas e de apoio. Nesse dia, a responsável pelas partituras esqueceu a pasta com todas elas e só percebeu quando pedi o material para iniciar o ensaio no local do evento.  Putz!

    Cada Missa tem, em média, 10 músicas e eu não tinha todas na memória. Precisava cifrar tudo no breve tempo que restava. Corre pra cá, corre pra lá, papel, caneta, letras no jornalzinho da igreja, teste rápido de som, enfim, um pandemônio no qual eu precisava manter o equilíbrio e a calma.

    Pedi a todas o máximo de silêncio. Precisava de concentração para cifrar tudo e, se possível, ainda fazer um rápido ensaio.

    Estava lá, concentrado, quando se aproxima uma coralista e sussurra no meu ouvido: - Maestro... - Agora não, dona Zeneide (nome fictício). Passaram alguns minutos e de novo: - Maestro... - Por favor, agora não posso falar. Respondi. Mais alguns minutos: - Maestro... Em tom mais firme e duro, quase gritando: - Agora não, dona Zeneide! Por favor, estou trabalhando!!! No que ela devolveu no mesmo tom: - Maestro, o zíper da sua calça está aberto e se continuar assim não vou conseguir me concentrar para cantar a Missa!!!

    Quando levantei a vista da partitura dei de cara com um grupo de senhoras sérias me olhando e não resistimos: gargalhada geral!!! Discretamente, afinal, estávamos em uma igreja! Relaxei, fechei o zíper, cifrei tudo e acho que foi uma das Missas mais animadas que cantamos. Deu tudo certo no final.

    Essa história foi lembrada, contada e recontada por anos entre nós, sempre com muito humor.

    Quem fez parte da cena sabe de qual Coral o caso integra o repertório, bem como o nome verdadeiro da minha querida coralista.

    Estou pensando em montar um mosaico com as fotos de todos os meus Corais, mas, no momento, fico por aqui.

    Que tenham todos um santo dia e uma Noite Santa.

    quinta-feira, 12 de maio de 2011

    LENDA$


    Pois é, pois é, eu não sou de igarapé,
    quem montou na cobra grande não se escancha em puraque.

    (Paulo & Rui Barata)

    Até pensei em escrever, contar dos meus filhos, de questionar o quanto disso ainda existe e é ensinado nas escolas, mas... sinceramente? Broxei. Who I am...

    Quem, por amizade ou caridade, lê este Diário, talvez tenha visto este parágrafo no post GELERT:

    Uma das vilas mais bonitas do Paí­s de Gales é Beddgelert, que fica na junção de três vales, no condado de Gwynedd.

    Milhares de visitantes de todas as partes do mundo vão para lá todos os anos, mas não é devido aos jardins ornamentais ou pelas atraentes lojas de souvenir.

    Uma lenda. Quantas existem só na Amazônia brasileira?

    Panfletar a região no mundo e, tudo bem, menos, nos aeroportos nordestinos que recebem todos os dias dezenas de vôos lotados de gringos? Blablablá... coisa de músico... idealista... va pensiero... deixa pra lá!

    Enquanto alguém de talento tocar e cantar Waldemar Henrique, algum túnel existirá no fim da luz...