domingo, 24 de fevereiro de 2008

TEORIA DA FORÇA NEGATIVA

Como foi descoberta a Força da Gravidade? Um dia, uma maçã (ela, novamente!) caiu na cabeça de alguém que, então, pensou: “por qual motivo esta fruta caiu e não subiu?”.
Absolutamente nenhuma fonte de conhecimento é mais rica do que a própria natureza, a vida, o mundo. Observando cuidadosamente tudo isso, penso ter descoberto mais uma força que rege este planeta e que ainda não foi considerada e estudada como deveria pela ciência. A ela chamei de Força Negativa, cuja atuação descrevo a seguir:
1. Para existir a luz é preciso uma fonte. Para existir a treva não precisa nada.
2. As flores mais bonitas que existem são raras e precisam de cuidados especiais. As ervas daninhas e matos nascem sem cuidado algum, sem que ninguém precise plantar, regar ou cuidar.
3. Para um ser vivo ou objeto ficar limpo, é preciso uma série de cuidados higiênicos e de limpeza. Para ficar sujo, não precisa fazer esforço algum.
4. Para construir uma casa, uma história de vida honrada, criar filhos, ganhar dinheiro, é preciso tempo, trabalho, dedicação, esforço, sacrifício. Para perder tudo isso, basta uma fração ínfima de tempo.
5. Para manter a ordem é necessário um aparato social como leis, religião, polícia etc.. Para a desordem não precisa nada.
6. Os animais bonitos, de boa convivência com os seres humanos ou que geram alguma fonte de riqueza, precisam de muito zelo e cuidado especial. Os ratos, baratas e peçonhentos em geral sobrevivem sem necessidade de cuidado algum.
7. Para obter conhecimento é preciso estudo. Para a ignorância não precisa nada.
8. Os miseráveis do planeta são milhões. Os abastados são milhares.
9. A mídia prefere contar a história dos Hitlers do que a história das Madres Tereza.
10. Na matemática, + e - = -
Imaginemos agora um mundo sob o domínio da Força Positiva.
1. Um dia a vida na Terra vai acabar pelo simples fato de que a fonte de luz e calor, o Sol, vai apagar e a treva reinará absoluta. Em um planeta dominado pela Força Positiva, o Sol não existiria. A luz seria constante, sem necessidade de fonte, que passaria a ser uma exigência para existência da treva.
2. O planeta seria todo florido e perfumado naturalmente. Para existir mato e erva daninha, alguém teria que plantar.
3. Ninguém precisaria tomar banho, escovar os dentes, limpar os móveis, lavar o carro. Tudo seria auto-limpante. Seria preciso pagar alguém para sujar tudo.
4. O que a vida oferece de bom seria conseguido fácil e rapidamente, sendo necessário um grande esforço para gastar dinheiro e perder tudo que é precioso para cada um.
5. A sociedade viveria em perfeita harmonia, em completo estado de graça, no paraíso. Para gerar o caos seria necessário criar leis, força contra-policial, anti-religião etc..
6. O mundo seria infestado de coelinhos, colibris e borboletas. Para uma barata existir, teria que ser criada em cativeiro, com ração e cuidados especiais.
7. Todo mundo nasceria sabendo tudo. Para apagar algum conhecimento indesejado, seria necessário freqüentar a contra-escola.
8. Todos seriam ricos e abastados. Para ser miserável seria necessário grande esforço.
9. As novelas e programas jornalísticos, enfim, toda a mídia contaria preferencialmente a história dos santos.
10. Na matemática, + e – seria = +
Gênios como Bach, Beethoven, Mozart, Da Vinci, Michelangelo e, sem dúvida alguma, Freud, existiram para explicar. Assim sendo, embora acreditando haver um mundo oposto deste, como reflexo em um espelho, em outra dimensão, dominado pela Força Positiva, sou peregrino neste caos da Força Negativa e, como tal, só me resta concordar com a Psicanálise e o seguinte princípio freudiano:
“A sociedade civilizada está perpetuamente ameaçada pela desintegração por causa dessa hostilidade primária dos homens entre si... A cultura tem de recorrer a todo esforço possível a fim de erigir barreiras contra o instinto agressivo dos homens... Daí... seu mandamento ideal de amor ao próximo como a si mesmo ser realmente justificável pelo fato de que nada está tão completamente em desacordo com a natureza humana original” (Freud (1930), cit. por Walker, 1957, p.3).

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