quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A MALDIÇÃO DOS TEMPLÁRIOS


Sobre eles, entre lendas, mentiras e verdades, já foi dito tudo. A quem interessar, aqui tem um bom resumo.

Como sempre, neste Diário, tento evitar pontos polêmicos indo direto aos fatos: eles existiram, lutaram, mataram e foram mortos; serviram a uma causa que acreditavam; de pobres se tornaram ricos e, quando desviaram rota e feriram interesses poderosos, foram exterminados (?).

Talvez se pudesse acrescentar apenas que hoje os turistas e peregrinos, incluindo os não católicos, podem passear, visitar e bater foto em lugares sagrados para o cristianismo em Jerusalém. O resto é História.

ENTRE A CRUZ E A ESPADA.

A Inquisição não queimou apenas bruxas, mas fez também churrasquinho, entre outros, de Jacques DeMolay e Giordano Bruno, este último, frade dominicano, cuja estátua no lugar em que foi queimado, no Campo dei Fiori, em Roma, mereceu esta foto com meus filhotes.


Feita esta introdução, vamos ao que interessa.

Desde que o mundo é mundo, aqueles que não sabem fazer nada, não têm talento algum, são a quinta-essência da mediocridade, da maldade e da inveja, destroem ou tentam destruir as obras e conquistas verdadeiras de gênios e pessoas que trabalham, estudam e alcançam resultados. Acontece nas empresas, nos locais de trabalho, na política, na música, na vida.

Acho que não precisa citar Rui Barbosa e seu famoso discurso sobre o triunfo das nulidades, da desonra, da injustiça e dos maus. Todo mundo conhece.

Os italianos têm uma bela coleção de maldições que lançam com a língua. Já se tornaram tão comuns que as pessoas nem pensam mais no significado, mas são realmente fortes. Eis algumas:

Mannaggia (derivato di "mal n'aggia", deformazione di "male ne abbia"): que haja o mal (em ti ou em algo). Hoje usado praticamente como "caramba!" ou outro tipo de "cará..." e "pô..." em Português.

Mortacci tua: "gli indegni defunti tuoi, della tua famiglia" (malditos os defuntos teus, da tua família).

Mesmo sabendo que, dependendo da situação, a expressão pode ser de surpresa e positiva, não gosto de ouvir ninguém falando, muito menos meus filhos.

Aos que merecem uma maldição pelo mal que fazem ao mundo, aos outros, aos inocentes, principalmente aos que não tiveram oportunidade de nascer, a melhor é aquela lançada por Jacques DeMolay contra o Rei Filipe IV, o Belo, o Papa Clemente V, Guillaume de Nogaret e algozes, bem retratada no filme "Les Rois Maudits", com Gerard Depardieu.

Quarenta dias depois, Filipe e Nogaret recebem uma mensagem: "O Papa Clemente V morrera em Roquemaure na madrugada de 19 para 20 de abril, por causa de uma infecção intestinal".
Rei Filipe IV, o Belo, faleceu em 29 de novembro de 1314, com 46 anos de idade, quando caiu de um cavalo durante uma caçada em Fountainebleau.
Guillaume de Nogaret acabou falecendo numa manhã da terceira semana de dezembro, envenenado.
Após a morte de Filipe, a sua dinastia, que governava a França por mais de 3 séculos, foi perdendo a força e o prestígio. Junto a isso veio a Peste Negra e a Guerra dos Cem Anos, a qual tirou a dinastia dos Capetos do poder, passando para a dinastia dos Valois.
Esta série de eventos formam a base de "Les Rois Maudits" ("Os Reis Malditos"), uma série de livros históricos de Maurice Druon.
Ironicamente, Luís XVI de França (executado em 1793) era um descendente de Filipe, O Belo, e de sua neta, Joana II de Navarra.
Afirma-se ainda que quando a cabeça do rei caiu na cesta da guilhotina, um homem não identificado se aproximou, mergulhou a mão no sangue do monarca, sacudindo-a no ar e gritou: "Jacques DeMolay, foste vingado!"
Verdade? Lenda? Decida cada um, mas pensando bem antes de fazer o mal.

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